Repercussões da infodemia associada ao COVID-19 na saúde mental do idoso no Brasil

Ricardo Bezerra Cavalcante, Fabio da Costa Carbogim, Alexandre Fávero Bulgarelli, Camila Mello dos Santos, Andréia Queiroz Ribeiro, Ione Carvalho Pinto, Fabiana Costa Machado Zacharias, Luciana Aparecida Fabriz, Deíse Moura de Oliveira, Erica Toledo de Mendonça, Tiago Ricardo Moreira, Richardson Miranda Machado, Graziele Ribeiro Bitencourt, Priscilla Alfradique de Souza, Rosimere Fereira Santana, Gylce Eloisa Cabreira Panitz Cruz, Eduarda Rezende Freitas, Henrique Salmazo da Silva, Fabiana Viana Cruz, Jack Roberto Silva Fhon, Elisa Shizuê Kitamura, Isabel Cristina Gonçalves Leite, Patrícia Rodrigues Braz, Regina Consolação dos Santos, Flávia Prado Rocha, Eveline Aparecida Silva, Thais Barreiros Tavares, Jerusa Gonçalves Duarte Martins, Vilanice Alves de Araújo Püschel

Texto completo:

PDF

Resumen

O fenômeno denominado infodemia refere-se ao aumento do volume informacional sobre um tema em específico, que se multiplica rapidamente em um curto período de tempo, e tem-se destacado frente ao contexto da crise sanitária desencadeada pela pandemia de COVID-19. O excesso de informações pode suscitar sentimentos de medo, ansiedade, estresse e outras condições de sofrimento mental. O estudo tem como objetivo descrever o perfil de exposição a informações sobre COVID-19 e suas repercussões na saúde mental de idosos brasileiros. Trata-se de um estudo transversal realizado com 1924 idosos brasileiros. Coletaram-se dados por meio de web-based survey enviada aos idosos por redes sociais e e-mail, no período de julho a outubro de 2020. Os resultados da análise descritiva dos dados demonstram que a maioria dos idosos apresentou idade entre 60 e 69 anos (69,02%), é do sexo feminino (71,26%), casados (53,79%) e de cor branca (75,57%). Cerca de 21,67% (n = 417) concluíram a graduação, 19,75% (380) concluíram especialização e 16,63% (320) concluíram mestrado ou doutorado. Foram reportados como fontes frequentes de exposição às notícias ou informações sobre a COVID-19, a televisão 862 (44,80%) e as redes sociais 651 (33,84%). Os participantes assinalaram que a televisão (46,47%; n = 872), as redes sociais (30,81%; n = 575) e o rádio (14,48%; 251) os afetavam psicológica e/ou fisicamente. Receber notícias falsas sobre a COVID-19 pela televisão (n = 482; 19,8%) e pelas redes sociais (n = 415; 21,5%) repercutiu, principalmente, estresse e medo. As informações disseminadas contribuem para conscientização, mas, também, afetam física e/ou psicologicamente muitos idosos, principalmente gerando medo e estresse.



Copyright (c) 2022 Ricardo Bezerra Cavalcante, Fabio da Costa Carbogim, Alexandre Fávero Bulgarelli, Camila Mello dos Santos, Andréia Queiroz Ribeiro, Ione Carvalho Pinto, Fabiana Costa Machado Zacharias, Luciana Aparecida Fabriz, Deíse Moura de Oliveira, Erica Toledo de Mendonça, Tiago Ricardo Moreira, Richardson Miranda Machado, Graziele Ribeiro Bitencourt, Priscilla Alfradique de Souza, Rosimere Fereira Santana, Gylce Eloisa Cabreira Panitz Cruz, Eduarda Rezende Freitas, Henrique Salmazo da Silva, Fabiana Viana Cruz, Jack Roberto Silva Fhon, Elisa Shizuê Kitamura, Isabel Cristina Gonçalves Leite, Patrícia Rodrigues Braz, Regina Consolação dos Santos, Flávia Prado Rocha, Eveline Aparecida Silva, Thais Barreiros Tavares, Jerusa Gonçalves Duarte Martins, Vilanice Alves de Araújo Püschel

Licencia de Creative Commons
Esta obra está bajo una licencia de Creative Commons Reconocimiento-NoComercial-CompartirIgual 4.0 Internacional.